domingo, 13 de maio de 2012

Mães Marias






Maria e seus sonhos
 Maria e seu amor
Maria e Maria
 Maria e Nada
 Maria e seu nada.

Maria! Maria é mãe, é filha, é avó. Maria é a vida. Maria Josés, da Conceição, de Fátima, Aparecidas, Desaparecidas... Marias que não são Marias, mas que são mães, e portanto, Marias. Ser mãe é ser Maria, ser Maria é viver para que o filho viva, e a vida vive para fazer que Maria viva.
 Feliz dias das Mães, das Marias que fazem a vida e vivem para que vidas como a minha possam viver! 

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Tricampeã Olímpica, Cuba dá adeus às Olimpíadas de Londres



Por vários anos, tida como a seleção imbatível, Cuba, tricampeã olímpica, tricampeã mundial, que produziu os maiores nomes do vôlei feminino mundial, não vai jogar as Olimpíadas de Londres. O que parecia inimaginável alguns anos atrás se concretizou sábado, no pré-olímpico da NORCECA, quando por 3X1 (25/18, 25/23, 27/29, 25/20), foi derrotada pela Republica Dominicana, dirigida pelo técnico brasileiro Marcos Kwiek. A seleção teria mais uma chance no pré-olímpico mundial que acontecerá no Japão. Mas pela falta de recursos para levar o time para o Japão, Cuba abriu mão da vaga para Porto Rico.
A notícia, que teve grande impacto no mundo do vôlei, chocou. Nem adianta colocar a culpa no sistema socialista ‘falido’ de Cuba. Devemos problematizar a situação. Se Cuba não fosse socialista podemos afirmar categoricamente que o melhor time de voleibol feminino de todos os tempos não existiria. E afinal de contas, o problema nem está no regime em si, mas no embargo econômico imposto pelos EUA desde chegada de Fidel ao poder.

Mireya Luis 
Ícone do vôlei, e tida por muitos a melhor jogadora de todos os tempos, Mireya Luis, fez um apelo emocionado à FIVB e a NORCECA. O time de precisaria de cerca de 100 mil dólares para ir ao Japão.  Diante do apelo, a FIVB se reunirá na terça para tomar uma decisão em relação o assunto. Torcemos para que a FIVB tome a decisão mais sensata, a de dar a Cuba a chance de disputar uma vaga na Olimpíada, pois ela deve muito à seleção que ajudou a popularizar o voleibol no mundo e fez dele um espetáculo jamais visto. Não é uma questão de mérito, já que a seleção está classificada para o pré-olimpico mundial, mas puramente financeira, que pode ser resolvida. Afinal, a FIVB ganhou muito dinheiro com o talento de jogadoras cubanas como a Mireya, que hoje vivem o pesadelo de verem seu time fora da Olimpíada. 

domingo, 6 de maio de 2012

Gaby Amarantos promete fazer "Tremer" a música brasileira







Enfim saiu um dos álbuns mais esperados do ano segundo a Rolling Stone. Treme, da cantora Gaby Amarantos, o novo fenômeno da musica paraense que promete fazer do movimento “neobrega” uma febre no Brasil.
Gaby Amarantos apareceu para o grande público como a Beyoncé do Pará, em função do seu hit “Hoje eu to solteira” versão de Halo da Beyoncé “original”. Com o novo álbum ela espera afastar de vez esse rótulo e se firmar como a grande estrela da música brega.
O álbum tem a sonoridade esperada. Letras grudentas, o eletrobrega em todas as faixas. Destaques para Xirley, primeiro single do álbum, a divertida Sal com Pimenta, dueto com a cantora mineira Fernanda Takai, Galera da Laje e Mestiça (part. Dona Odete), melhor faixa do álbum. Com vários potenciais hits, Gaby Amarantos promete dominar as paradas esse ano. Ótimo para quem gosta e quem não gosta, prepare-se: ela vai fazer tremer a cena musical do Brasil esse ano.

Xirley:



Pimenta com Sal (part. Fernanda Takai) no Altas Horas


terça-feira, 24 de abril de 2012

O que os estudantes querem (ou deveriam querer)






Eles querem a universidade. Eles querem o conhecimento. Eles querem saber. Ser sabido não é para qualquer um. Poucos conseguiram, se é que conseguiram, porque no final a conclusão foi que ninguém sabe nada, nem o Nada eles sabiam. Mas eles ainda querem saber. Ainda querem olhar para o mundo e tirar dele a chave para todas as portas trancadas. Eles não vão conseguir, e sabem disso. 

Afinal, porque tanto eles querem descobrir o que já foi descoberto: que eles não vão descobrir nada. Talvez porque nem isso seja uma certeza. Talvez porque isso dê sentido às suas existências. Ou realmente eles não tem nada melhor para fazer.

domingo, 22 de abril de 2012

O Tedio e suas Conclusões


2 de novembro, feriado, tédio. Era sempre assim. Eu ficava louco para chegar o feriado e quando chegava... Tédio. Nunca tinha pensado nisso. As vezes queremos tanto uma coisa e quando ela se concretiza, tudo vira tédio. Eram assim em todos os feriados. Doido para as aulas terminarem, punha-me a pensar nas mil maravilhas de um dia “atôa” que eram restritas ao meu pensamento. Em todos os feriados, rezava para que o tempo passasse logo, e os dias comuns voltassem a correr.
Então, por que querer tanto um feriado?
Creio que as respostas são muito mais amplas do que eu poderia supor. Mas nesse feriado observei algo que antes nunca havia observado: eu simplesmente observei. Observei o tédio. Não o compus. Eu observei, em alguns momentos, o deixei tomar conta de mim, e logo o mandei embora, para que ele não me atrapalhasse.
O feriado dos dias dos mortos estava ensolarado, quente. E eu, sem nada para fazer, fui mexer no computador. A internet não funcionava. Fui para na TV. Nada. Fui de novo para o computador ver se a internet tinha voltado e nada. Respirei fundo e fui tentar ler um livro, contudo, a preguiça de ler era tanta, que nem cheguei a ler uma linha. Oficialmente, não tinha nada para fazer. Não consigo entender como as pessoas acham isso bom. Fazer nada é tão chato! Mais chato do que ter de fazer alguma coisa. Deitei-me na cama e fui tentar imaginar alguma coisa para fazer. Não consegui imaginar nada que me fizesse sair da cama e mexer meu corpo. Acho que, na verdade, era minha própria mente me castigando. Dizendo: “você não queria ficar atôa, então fique” e eu não gostei nem um pouco disso.
Graças a Deus, não é minha mente a única capaz de me tirar do tédio. Conclui isso logo que vi a vizinha me chamando para jogar peteca. Cristina era uma amiga de infância que a muito tempo não conversava. Achei que era uma oportunidade de colocar a conversa em dia, relembrar as nossas armações e rejuvenescer nossa amizade. Na rua, além dela, estava a sua mãe, sentada na calçada. Cumprimentei-a e joguei a peteca pra cima e começamos a brincar. Pra lá, pra cá, pra lá, pra cá, pra lá, pra cá... Até que fomos descansar um pouco. Apertamo-nos entre a sua mãe e começamos a conversar. Não. Elas começaram a conversar e me puseram como ouvinte. Não que tenham me isolado da conversa, achavam que estavam conversando comigo, mas eu não conseguia reagir às palavras e frases despejadas por elas.
Começaram a falar sobre a vizinha velha que está no hospital. Com um certo tipo ironia chula e tosca, inerente a esse tipo de pessoa, elas falaram mal da velha, acusaram-lhe de fofoqueira, de querer tomar conta da vida dos outros, de grossa e intriguista. Interromperam o assunto quando viram a bisneta da velha brincando na rua. Devem ter ficado com medo de que ela escutasse alguma coisa, pensei ingenuamente. Para o meu espanto, elas começaram um festival de provocações contra a pobre criancinha que estava brincando com um quebra-cabeça.
Mãe, tira sua filha da rua! Soltou Cristina. E a mãe, sem deixar cair o nível: Cristina, o que ocê tá fazendo na rua, não tem mãe não! E nós soltamos gargalhadas, afinal, por mais cruel que fosse, era divertido, e além do mais, aquela criancinha nem estava entendendo nada. Mas eu entendia e isso deveria ser o bastante.
Constrangido comigo mesmo, sugeri que continuássemos a jogar peteca. Dessa vez, foi a mãe que se levantou brincou comigo. Todavia o mal já estava feito. Mesmo jogando, a mãe e a filha não deixavam de fazer comentários maliciosos sobre qualquer um que passasse pela rua. Por fim, apenas observei o comportamento das duas. No primeiro momento achei que elas eram as pessoas mais insignificantes do mundo. Não faziam mal a ninguém a não ser a elas mesmas. Uma pessoa que não serve pra melhorar, nem pra piorar é totalmente insignificante. Depois vi que isso não era verdade, porque nada é insignificante, elas estavam tendo um efeito sobre mim e significava muito. Porém isso era restrito a mim, o que tornava, para o resto do mundo, insignificante. Então, tudo era insignificante! O mundo era insignificante. No fundo, nada tinha efeito sobre nada, as palavras ditas por elas, as pessoas sobre a qual elas estavam falando e o meu pensamento sobre tudo aquilo. Era algo estranho de se imaginar, sem sentido.
Em suma, todos nós buscamos, em vão, sermos significativos. Mas como queremos ser significativos quando não sabemos o que significamos? Aquelas duas mulheres fofocando na rua, eram duas almas fugindo do tédio, buscando significados falsos para que assim pudessem significar alguma coisa. E eu, mais covarde que elas, não me atrevi a significar nada, pois isso me tornaria falso, o que não quer dizer que já não estivesse sendo falso.
No meio dos meus devaneios, resolvi ir para casa entregar-me ao tédio do restante do feriado. Quando me despedi delas e dei as costas, tive certeza de que elas estavam falando de mim. Ri e pensei em quantas vezes elas já tinham me criticado, debochado, e qualquer outra coisa...
No fundo, sei que sempre ficarei feliz porque um feriado estiver chegando, mesmo sabendo que ele será pior que um dia comum. Talvez isso já seja um falso significado que invento para enfrentar os feriados. Talvez não seja nada. A verdade é que daqui alguns dias, haverá um novo feriado e novamente a inquietação e a euforia tomam conta de mim, que venha o 15 de novembro (prolongado)!

terça-feira, 27 de março de 2012

Minha incapacidade de escrever e (de novo) um pouco de volei pra salvar a noite

Acabei de fazer uma avaliação para o processo seletivo do NDH (Núcleo de Direitos Humanos) da UFOP. Era uma dissertação sobre a importância da pesquisa sobre os direitos humanos e como a Pesquisa Ação pode contribuir. Meu desempenho? Um desastre. Abaixo da crítica. Só entrarão aqueles que obtiverem nota acima de 7, acho que, com sorte, ganho um ponto por ter assinado meu nome corretamente.
¬¬
Fora a minha conclusão que sou incapaz de escrever uma simples redação, acho que terei um dia razoável. Isso porque teremos hoje o confronto mais esperado das semi-finais da superliga feminina de volei. Unilever X Volei Futuro.
De um lado, Paula Pequeno, Fernanda Garai e a incrível Walewska, que no ultimo jogo marcou 25 pontos. Do outro, Sheilla, Mari e a experiente Fernanda Venturini. Quem leva?Não sei, mas acho que o segredo da partida será o passe. As duas equipes tem deficiencias no fundamento, principalmente o Unilever, que compensa essa deficiencia com o bom saque que apresentou na primeira fase. Já o Volei Futuro, não conta com um bom saque mas tem a ponteira Fernanda Garai e a central Walewska, que estão em ótima forma. Mais que tudo, esse será um jogo de estratégia. Um jogaço, às 21h no Sportv.

sábado, 10 de março de 2012

Canção - Cecília Meireles





Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
- depois, abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar


Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre de meus dedos 
colore as areias desertas.


O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio...


Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo 
e o meu sonho desapareça.


Depois, tudo estará perfeito;
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas. 

quinta-feira, 1 de março de 2012

Se eu fosse eu - Clarice Lispector





"Quando não sei onde guardei um papel importante e a procura se revela inútil, pergunto-me: se eu fosse eu e tivesse um papel importante para guardar, que lugar escolheria? Às vezes dá certo. Mas muitas vezes fico tão pressionada pela frase "se eu fosse eu", que a procura do papel se torna secundária, e começo a pensar. Diria melhor, sentir.
E não me sinto bem. Experimente: se você fosse você, como seria e o que faria? Logo de início se sente um constrangimento: a mentira em que nos acomodamos acabou de ser levemente locomovida do lugar onde se acomodara. No entanto já li biografias de pessoas que de repente passavam a ser elas mesmas, e mudavam inteiramente de vida. Acho que se eu fosse realmente eu, os amigos não me cumprimentariam na rua porque até minha fisionomia teria mudado. Como? Não sei.
Metade das coisas que eu faria se eu fosse eu, não posso contar. Acho, por exemplo, que por um certo motivo eu terminaria presa na cadeia. E se eu fosse eu daria tudo o que é meu, e confiaria o futuro ao futuro.
"Se eu fosse eu" parece representar o nosso maior perigo de viver, parece a entrada nova no desconhecido. No entanto tenho a intuição de que, passadas as primeiras chamadas loucuras da festa que seria, teríamos enfim a experiência do mundo. Bem sei, experimentaríamos enfim em pleno a dor do mundo. E a nossa dor, aquela que aprendemos a não sentir. Mas também seríamos por vezes tomados de um êxtase de alegria pura e legítima que mal posso adivinhar. Não, acho que já estou de algum modo adivinhando porque me senti sorrindo e também senti uma espécie de pudor que se tem diante do que é grande demais."
Clarice Lispector
Extraído do livro A Descoberta do Mundo

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Pasmem! Serra se lança como pré-candidado à prefeitura de São Paulo


                


                O final do ano terminava agitado para José Serra. No começo de dezembro o renomado jornalista Amaury Ribeiro Jr lançou “A Privataria Tucana” que revela o podre por traz das privatizações do governo Fernando Henrique. O livro, que rapidamente esgotou-se nas livrarias, me fez chegar a uma pretensiosa conclusão: a carreira política do Serra estava acabada. Afinal, o Serra é o protagonista da trama, que tem como coadjuvantes a sua filha, Verônica Serra, o tesoureiro de suas campanhas Ricardo Sérgio de Oliveira, e outras figuras do alto tucanato que dilapidaram o patrimônio público brasileiro. Diante da pura e crua verdade, Serra limitou-se dizer que o livro é um “lixo”. Os grandes meios de comunicação, alinhados com o alto tucanato, silenciaram-se, tentando criar um vácuo em torno do livro que se esgotava nas livrarias.  
                O que me espanta, e com certeza a maioria das pessoas que leram o livro, é o interesse do Serra em disputar as eleições municipais em São Paulo. É, meu caro leitor, parece deboche. Como um político que foi desmascarado com livro que vende milhares de exemplares por semana, tem a petulância de se lançar como candidato para governar a maior cidade do país? O que ele vai dizer nos debates? Repetir o discurso de 2010 e se gabar da sua conduta “ilibada”? Os seus comícios virarão verdadeiros shows Stand up Comedy.
                Você deve estar pensando: “esse ladrão nunca vai ganhar a eleição”, mas uma cidade que já teve como prefeitos Jânio Quadros (1986-1989), Paulo Maluf (1993-1997), além do Serra, gerida atualmente por Gilberto Kassab, num estado que elegeu Tiririca e o próprio Maluf  como deputados federais, não seria surpreendente se Serra ganhasse a eleição, pra dizer a verdade seria até previsível. Cabe a nós esperar e rezar para que os paulistanos não façam o que costumam fazer (até em apuração do desfile de escolas de samba).
                

                

Sábado: tédio... E um pouco de vôlei pra salvar a noite.



                Comecei o meu dia jogando um game idiota de reconhecer as bandeiras de cada país. Na primeira vez eu acertei 10 das vinte bandeiras. Algumas fáceis como a dos EUA, Espanha, e outras como a das Bermudas, Madagascar e Armênia. Na segunda tentativa acertei 10 novamente, na quarta 10 e 10 e 10 e10 e 10... Aquela merda tava de sacanagem comigo! Por mais que eu tentasse eu sempre conseguia 10 acertos. Decidido a superar essa marca, dediquei quase que minha tarde inteira a isso. Conclusão: tarde perdida com uma brincadeira idiota do Faustão. A parte boa é que consegui decorar bandeiras como a da Geórgia, Mônaco, Arábia Saudita, Indonesia, etc. Onde vou usar esse aprendizado? Não sei. Se alguém não tiver nada pra fazer e quiser jogar, o link esta aqui (se conseguir mais de 10 acertos por favor me fale).
                
                Mas meu dia tedioso não foi só o joguinho das bandeiras. Vi dois jogos de vôlei, que prometiam ser jogaços e no final, acabaram sendo apenas joguinhos.
                O primeiro, Osasco e Minas. Não vi o jogo todo (estava no joguinho das bandeiras), mas o pouco que eu vi, o Osasco era bem superior. O Minas estava com uma recepção irregular e bola no alto com um bloqueio que conta com Thaisa (1,96) e Adenizia (1,87) fica difícil passar, mesmo que sejam as temidas cubanas Ramirez e Herrera atacando.  A atleta que mais me impressionou no jogo foi a Tandara que no final do jogo cravou várias bolas no chão do Minas, com direito a uma medalhada na líbero do Minas que deve estar com o peito quente até agora.
                Parciais: 25/18, 25/19, 25/18.

Jaqueline (troféu Viva Vôlei do jogo)


                O segundo jogo foi do Cruzeiro contra o Cimed. Um verdadeiro passeio do Cruzeiro, comandado por Wallace, que virou praticamente todas as bolas que recebeu. E quando ele não virava, o Cimed contribuía com um festival de erros a começar pelo saque. Isso abre aquela velha discussão do vôlei. Força-se o saque para dificultar a recepção do adversário, mas no final o ponto quase sempre é dado de graça. Vale a pena?
                Fora o Wallace, outros destaques da partida foram o levantador William, ganhador do troféu Viva Vôlei, que soube distribuir muito bem o jogo, e o central Douglas Cordeiro que virou muito bem no ataque e foi fundamental para a vitória no segundo set. 





domingo, 12 de fevereiro de 2012

Cala-se a voz de Whitney Houston



Estava num bar tomando cerveja quando recebi uma mensagem. Era minha amiga, Geisiane, me escrevendo que Whitney Houston havia morrido. Não é primeira vez que ela me dá esse tipo de notícia. A mesma coisa aconteceu quando Amy Winehouse e Michael Jackson morreram. Mas essa noticia me tocou mais. Era Whitney Houston que tinha morrido. Era A voz que se calava. Era a voz símbolo de um país que progredia e acumulava mais e mais riquezas. Era Whitney.  Era a voz que qualquer um queria ter.
                Não havia ninguém que não se espantasse com aquela voz. Via-se uma mulher, simplesmente mulher, como qualquer outra, mas quando o ar adentrava e saia dos seus pulmões, levava com ele um som inacreditável, um som sobre-humano: uma voz. Não. Levava A Voz. Levava a beleza. Levava a arte.
                A arte que levou milhares de pessoas com algum talento a tentar uma chance no mundo da música. Quantos covers de Will Always love you você já escutou? A própria versão de Whitney já era um cover. A música mais tocada dos anos 90, 14 semanas no topo da Billboard e inúmeras semanas nos corações de todos os apaixonados que escutavam os seus versos e buscavam neles a pessoa amada.
                Não era fã. Não gostava da maioria de suas músicas. Contudo, não posso deixar de admirar a sua voz, que calou-se para ela, mas que ficará para sempre nos nossos ouvidos.



sábado, 11 de fevereiro de 2012

Conclusões de Aninha - Cora Coralina







Estavam ali parados. Marido e mulher.
Esperavam o carro. E foi que veio aquela da roça
tímida, humilde, sofrida.
Contou que o fogo, lá longe, tinha queimado seu rancho,
e tudo que tinha dentro.
Estava ali no comércio pedindo um auxílio para levantar 
novo rancho e comprar suas pobrezinhas. 


O homem ouviu. Abriu a carteira tirou uma cédula, 
entregou sem palavra.
A mulher ouviu. Perguntou, indagou, especulou, aconselhou,
se comoveu e disse que Nossa Senhora havia de ajudar
E não abriu a bolsa.
Qual dos dois ajudou mais?


Donde se infere que o homem ajuda sem participar 
e a mulher participa sem ajudar.
Da mesma forma aquela sentença:
"A quem te pedir um peixe, dá uma vara de pescar."
Pensando bem, não só a vara de pescar, também a linhada,
o anzol, a chumbada, a isca, apontar um poço piscoso
e ensinar a paciência do pescador.
Você faria isso, Leitor?
Antes que tudo isso se fizesse
o desvalido não morreria de fome?
Conclusão:
Na prática, a teoria é outra.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

O passar da minha vida






Vai passar. É o que todo mundo diz quando você tem algum problema. Mas isso realmente passa? É a pergunta que me faço todos os dias, porque, sinceramente, nada para mim passou. Os meus problemas continuam sendo os mesmos, e por mais que o tempo passe e que por ventura eu venha a esquecê-los, eles estão lá para me lembrar que tenho que resolvê-los.
Bom mesmo era que eu passasse, deixasse de ser um problema para os meus problemas e vivesse sem pensar que nada vai passar, porque tudo já passou. Sei que esse dia vai chegar. Talvez daqui a um ou dois milhões de anos, o que é muito, mas só de pensar que eles passarão, me dá até vontade de ver eles passarem.

...

O amor é vida. E a vida, é o que? A vida é o sofrer necessário, porque só ama quem sofre, e só vive quem ama.
E o tempo? O tempo é a morte de quem ama, pois o tempo é o nosso agente limitador. O tempo é o nosso rival oculto, nosso falso amigo. O tempo somos nós vendo a vida passar. O tempo pra mim é tudo. A minha vida é ver a vida passar. O meu sofrer é o demorar das horas, dos ponteiros que demoram a rodar. O meu amor é o vazio da minha covardia. Não amo, não sofro e vivo o tempo, perdido nas horas que não passam.















segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

A pseudo-exclusividade da Record



Em todo programa jornalístico da TV Record, de cinco em cinco minutos os jornalistas fazem questão de frisar “com exclusividade”, “com exclusividade”, “com exclusividade”. A própria Record já entrou em situações embaraçosas com a sua "exclusividade". Um exemplo disso foi quando no Domingo Espetacular do dia 08/01, foi mostrada uma entrevista “exclusiva” com os pais da miss Brasil 2010, Débora Lyra, que sofreu um acidente de carro no final do ano. Os repórteres foram na casa dela, viram fotografias antigas, faixas e mais faixas de miss, e no final, ganharam um bilhetinho da miss, que estava internada, agradecendo o apoio, tudo isso com exclusividade. Alguns minutos depois, no Fantástico da TV Globo passava uma matéria sobre o acidente da miss. E não é que estavam lá, os pais da miss, o mesmo apartamento, as mesmas fotografias e faixas, mas com um detalhe adicional: a miss sentada na cadeira de rodas, linda e maravilhosa dando uma entrevista para o repórter. Cadê a exclusividade? Estará ela no bilhetinho rascunhado num pedaço de papel amassado?







sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

A (quase) inatingível perfeição.



                Muitas vezes escutei que o mundo só se tornará melhor quando evoluirmos moralmente. Um dia procurando essa tal evolução moral, fui consultar o Evangelho Segundo o Espiritismo. Abri uma página aleatória, a 220, que deu no capítulo XVII: Sedes Perfeitos. Peguei um bloco de anotações para fazer um resumo das coisas mais importantes e comecei o estudo. “A essência da perfeição é a caridade na sua mais larga acepção, porque ela implica na prática de todas as outras virtudes” foi a primeira coisa que eu anotei, porque ali estava o significado da verdadeira perfeição: a caridade. Foi o que Jesus nos ensinou quando disse “Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, e foi o que eu não tinha aprendido, mesmo depois de decorar milhares de vezes essa frase no catecismo, de repeti-la incontáveis vezes nas missas. Entendi o verdadeiro sentido dessa frase naquele instante: que amar o próximo é ser caridoso com ele. E o que é ser caridoso? Jesus também ensina: “é amar os inimigos, fazer o bem àqueles que nos odeiam, orar por aqueles que nos perseguem”. Mas aí Jesus já estava pedindo demais. Se já é difícil fazer isso tudo com quem a gente gosta, imagina com os nossos inimigos? Definitivamente, seria para sempre um imperfeito.
                Seguindo a leitura, já despontado com a minha triste constatação, encontrei a parte do texto que mais tinha haver comigo, a parte dos maus espíritos que são aqueles que “não rompem facilmente com seus hábitos, se apegam mais aos fenômenos do que a moral que lhes parecem monótona, pedem aos espíritos para iniciá-los, sem se perguntarem se se tornaram dignos de penetrarem nos segredos do Criador”. Era exatamente isso que eu estava fazendo. Tentando entrar no mundo do Criador sem antes saber se sou digno, e sem antes estar disposto a mudar os meus hábitos e defeitos. Já havia desistido antes de começar. Já havia me condenado à imperfeição sem antes saber que caminhar para ela era justamente condenar-se pelo mal que os outros fizerem por você e retribuir com bem.  É ser indulgente para com as fraquezas alheias, para que possam ser indulgentes com suas próprias fraquezas.
                Nos esforçamos tanto quando queremos algo, porque então, não nos esforçamos pelo menos um pouco para mudar o espiritual? Achamos que a perfeição é inatingível, que só Deus é perfeito e que só Ele é digno dela, mas esquecemos que Deus não está no céu, nas igrejas,  nos quadros e imagens. Esquecemos que Deus está dentro de nós, e sendo parte Dele, nós estamos fadados à perfeição, demore o quanto demorar, doa o quanto doer.
                Decidido a mudar meus hábitos e comportamentos, comprei um caderninho e decidi que leria todos os dias o Evangelho e faria um resumo nele. Hoje, um ano depois, abri mesmo caderno e vi que só tinham 3 páginas escritas do meu primeiro e único estudo do evangelho. Era a imperfeição impedindo a minha evolução. Era eu impedindo que um novo eu surgisse. Hoje pretendo fazer um novo estudo mais tarde,  tentar ter uma constância que provavelmente não terei. E assim, a passos lentos vou caminhando para a (quase) inatingível perfeição.
               
                

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

UFC - Violência e pancadaria a serviço de todos.




 Lutador Diego Sanchez



O mundo do entretenimento de massas ganhou um novo aliado de peso. O UFC (Ultimate Fighting Championship) é a nova febre do mundo contemporâneo. Cheio de homens fortões com cara de mal, que são lutadores de MMA (artes marciais mistas), uma espécie de quase-vale-tudo, o UFC promove eventos de selvageria, no qual o objetivo é deixar o adversário no chão (de preferência desacordado).
No começo, não acreditei que tanta gente gostasse desse evento. Ver duas pessoas se matando no ringue pra mim era um absurdo. Mas o absurdo maior ainda, era ver milhares de pessoas gritando e torcendo, chegando ao êxtase quando o adversário caia ensaguentado no chão. Curiosamente, deixei de me escandalizar com isso quando vi a propaganda de um evento de UFC que dizia “ Os Gladiadores do Futuro”. Realmente eles são os gladiadores do futuro, ou do passado talvez. Sua degradação física e psicológica serve de entretenimento para o público e gera muito dinheiro às grandes cabeças por detrás do evento. Não mudamos tanto desde a antiguidade. Ainda hoje, violência é entretenimento, basta procurar no youtube os vídeos de brigas, que tem milhares de acessos e comentários como “bate mesmo” “tinha que ter dado mais soco”, “brigou igual mulherzinha”, ou ir num evento de rinha de galo, briga de rua, etc. E eu, me espantando com uma coisa que é inerente do ser humano, ser violento, gostar da violência e  consumir violência sendo espectador dela. Nós homens que nos julgamos tão evoluídos, somos na verdade apenas animais que usam a razão a serviço do instinto. 
O UFC, que para alguns é esporte pelo uso de várias técnicas de luta para melhor agredir e espancar o oponente, para mim é simplesmente entretenimento, que custa caro aos principais protagonistas, os “gladiadores” que acabam a carreira doentes, humilhados e esquecidos, vangloriando-se dos dias em que foram grandes, e vendo os “grandes” acabarem com suas vidas para o público vibrar com o nocaute no final da luta e esquecer dela no dia seguinte.

Mark Hominick.


Primeiro post



Sempre quis ter um blog, mas a preguiça aliada a falta de tempo me impediram. Rascunhei um, esqueci dele e hoje tornei a lembrar. Com a ajuda da minha amiga Geisiane, que há muito tempo tem um ótimo blog, e tem um gosto 10³³³³³³³ melhor que o meu, dei vida a um projeto antigo pelo qual expressarei minha opinião,  que me dá o entendimento,  que me diferencia dos outros e me torna único. Começo a escrever para todos e para ninguém. Abro a minha opinião para um novo mundo que para muitos já é velho conhecido. Olá internet, com a sua licença a partir de hoje passo expressar Toda minha Opinião.


E pra começar...


Um pouquinho de esporte.

24/01/2011 


Rodada dupla na superliga de volei. Dois jogos que prometiam serem grandes embates entre os melhores times da superliga. 
O primeiro foi. Em um jogaço o Cruzeiro despachou o Sesi por 3 sets a 2 ( 25/22, 22/25, 25/21, 20/25 e 15/12), e o Wallace jogou demais! Fez 32 pontos, 8 deles no tie break. Foi uma grande vitória, levando em conta que o time do Sesi foi campeão da ultima superliga (cruzeiro foi vice), e é um time recheado de craques e estrelas da seleção, dentre eles o Murilo (MVP do mundial 2010), mas o Cruzeiro poderia ter facilitado um pouco, ganhava no segundo set por 21/18, e numa sucessão de erros do Mauricio que errou TODAS as recepções e entregou o set de bandeja para o Sesi. Mas no final o que vale é a vitória , e que vitória!




O segundo jogo também me surpreendeu,  não pelo equilíbrio, o Unilever atropelou o Volei Futuro por 3 a 0 ( 25/14, 25/19 e 25/21), mas pela brilhante atuação de uma atleta que há muito tempo não via jogar bem. Mari fez 17 pontos (10 de ataque, 6 de bloqueio e um de saque), melhorou consideravelmente sua recepção, e ajudou a Venturini, que também fez uma grande partida. Pior para Fernanda Garay, Paula Pequeno e Waleswka, que levaram uns bons tocos da Mari no jogo. Eu, que não torço para o Unilever, fiquei particularmente feliz pela vitória, pois a Mari foi umas das atletas que me fizeram amar o volei. Lembro como se fosse ontem daquela garota que arrebentou nas olimpíadas de Atenas, mas que infelizmente ficou marcada pela derrota na semifinal. Sábado, Mari tem outro grande desafio, contra o Sollys Osasco às 10 da manhã. Tomara que repita a grande atuação da terça e se firme como a grande craque que sabemos que ela é. Vamos lá Mari!