domingo, 26 de fevereiro de 2012

Pasmem! Serra se lança como pré-candidado à prefeitura de São Paulo


                


                O final do ano terminava agitado para José Serra. No começo de dezembro o renomado jornalista Amaury Ribeiro Jr lançou “A Privataria Tucana” que revela o podre por traz das privatizações do governo Fernando Henrique. O livro, que rapidamente esgotou-se nas livrarias, me fez chegar a uma pretensiosa conclusão: a carreira política do Serra estava acabada. Afinal, o Serra é o protagonista da trama, que tem como coadjuvantes a sua filha, Verônica Serra, o tesoureiro de suas campanhas Ricardo Sérgio de Oliveira, e outras figuras do alto tucanato que dilapidaram o patrimônio público brasileiro. Diante da pura e crua verdade, Serra limitou-se dizer que o livro é um “lixo”. Os grandes meios de comunicação, alinhados com o alto tucanato, silenciaram-se, tentando criar um vácuo em torno do livro que se esgotava nas livrarias.  
                O que me espanta, e com certeza a maioria das pessoas que leram o livro, é o interesse do Serra em disputar as eleições municipais em São Paulo. É, meu caro leitor, parece deboche. Como um político que foi desmascarado com livro que vende milhares de exemplares por semana, tem a petulância de se lançar como candidato para governar a maior cidade do país? O que ele vai dizer nos debates? Repetir o discurso de 2010 e se gabar da sua conduta “ilibada”? Os seus comícios virarão verdadeiros shows Stand up Comedy.
                Você deve estar pensando: “esse ladrão nunca vai ganhar a eleição”, mas uma cidade que já teve como prefeitos Jânio Quadros (1986-1989), Paulo Maluf (1993-1997), além do Serra, gerida atualmente por Gilberto Kassab, num estado que elegeu Tiririca e o próprio Maluf  como deputados federais, não seria surpreendente se Serra ganhasse a eleição, pra dizer a verdade seria até previsível. Cabe a nós esperar e rezar para que os paulistanos não façam o que costumam fazer (até em apuração do desfile de escolas de samba).
                

                

Sábado: tédio... E um pouco de vôlei pra salvar a noite.



                Comecei o meu dia jogando um game idiota de reconhecer as bandeiras de cada país. Na primeira vez eu acertei 10 das vinte bandeiras. Algumas fáceis como a dos EUA, Espanha, e outras como a das Bermudas, Madagascar e Armênia. Na segunda tentativa acertei 10 novamente, na quarta 10 e 10 e 10 e10 e 10... Aquela merda tava de sacanagem comigo! Por mais que eu tentasse eu sempre conseguia 10 acertos. Decidido a superar essa marca, dediquei quase que minha tarde inteira a isso. Conclusão: tarde perdida com uma brincadeira idiota do Faustão. A parte boa é que consegui decorar bandeiras como a da Geórgia, Mônaco, Arábia Saudita, Indonesia, etc. Onde vou usar esse aprendizado? Não sei. Se alguém não tiver nada pra fazer e quiser jogar, o link esta aqui (se conseguir mais de 10 acertos por favor me fale).
                
                Mas meu dia tedioso não foi só o joguinho das bandeiras. Vi dois jogos de vôlei, que prometiam ser jogaços e no final, acabaram sendo apenas joguinhos.
                O primeiro, Osasco e Minas. Não vi o jogo todo (estava no joguinho das bandeiras), mas o pouco que eu vi, o Osasco era bem superior. O Minas estava com uma recepção irregular e bola no alto com um bloqueio que conta com Thaisa (1,96) e Adenizia (1,87) fica difícil passar, mesmo que sejam as temidas cubanas Ramirez e Herrera atacando.  A atleta que mais me impressionou no jogo foi a Tandara que no final do jogo cravou várias bolas no chão do Minas, com direito a uma medalhada na líbero do Minas que deve estar com o peito quente até agora.
                Parciais: 25/18, 25/19, 25/18.

Jaqueline (troféu Viva Vôlei do jogo)


                O segundo jogo foi do Cruzeiro contra o Cimed. Um verdadeiro passeio do Cruzeiro, comandado por Wallace, que virou praticamente todas as bolas que recebeu. E quando ele não virava, o Cimed contribuía com um festival de erros a começar pelo saque. Isso abre aquela velha discussão do vôlei. Força-se o saque para dificultar a recepção do adversário, mas no final o ponto quase sempre é dado de graça. Vale a pena?
                Fora o Wallace, outros destaques da partida foram o levantador William, ganhador do troféu Viva Vôlei, que soube distribuir muito bem o jogo, e o central Douglas Cordeiro que virou muito bem no ataque e foi fundamental para a vitória no segundo set. 





domingo, 12 de fevereiro de 2012

Cala-se a voz de Whitney Houston



Estava num bar tomando cerveja quando recebi uma mensagem. Era minha amiga, Geisiane, me escrevendo que Whitney Houston havia morrido. Não é primeira vez que ela me dá esse tipo de notícia. A mesma coisa aconteceu quando Amy Winehouse e Michael Jackson morreram. Mas essa noticia me tocou mais. Era Whitney Houston que tinha morrido. Era A voz que se calava. Era a voz símbolo de um país que progredia e acumulava mais e mais riquezas. Era Whitney.  Era a voz que qualquer um queria ter.
                Não havia ninguém que não se espantasse com aquela voz. Via-se uma mulher, simplesmente mulher, como qualquer outra, mas quando o ar adentrava e saia dos seus pulmões, levava com ele um som inacreditável, um som sobre-humano: uma voz. Não. Levava A Voz. Levava a beleza. Levava a arte.
                A arte que levou milhares de pessoas com algum talento a tentar uma chance no mundo da música. Quantos covers de Will Always love you você já escutou? A própria versão de Whitney já era um cover. A música mais tocada dos anos 90, 14 semanas no topo da Billboard e inúmeras semanas nos corações de todos os apaixonados que escutavam os seus versos e buscavam neles a pessoa amada.
                Não era fã. Não gostava da maioria de suas músicas. Contudo, não posso deixar de admirar a sua voz, que calou-se para ela, mas que ficará para sempre nos nossos ouvidos.



sábado, 11 de fevereiro de 2012

Conclusões de Aninha - Cora Coralina







Estavam ali parados. Marido e mulher.
Esperavam o carro. E foi que veio aquela da roça
tímida, humilde, sofrida.
Contou que o fogo, lá longe, tinha queimado seu rancho,
e tudo que tinha dentro.
Estava ali no comércio pedindo um auxílio para levantar 
novo rancho e comprar suas pobrezinhas. 


O homem ouviu. Abriu a carteira tirou uma cédula, 
entregou sem palavra.
A mulher ouviu. Perguntou, indagou, especulou, aconselhou,
se comoveu e disse que Nossa Senhora havia de ajudar
E não abriu a bolsa.
Qual dos dois ajudou mais?


Donde se infere que o homem ajuda sem participar 
e a mulher participa sem ajudar.
Da mesma forma aquela sentença:
"A quem te pedir um peixe, dá uma vara de pescar."
Pensando bem, não só a vara de pescar, também a linhada,
o anzol, a chumbada, a isca, apontar um poço piscoso
e ensinar a paciência do pescador.
Você faria isso, Leitor?
Antes que tudo isso se fizesse
o desvalido não morreria de fome?
Conclusão:
Na prática, a teoria é outra.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

O passar da minha vida






Vai passar. É o que todo mundo diz quando você tem algum problema. Mas isso realmente passa? É a pergunta que me faço todos os dias, porque, sinceramente, nada para mim passou. Os meus problemas continuam sendo os mesmos, e por mais que o tempo passe e que por ventura eu venha a esquecê-los, eles estão lá para me lembrar que tenho que resolvê-los.
Bom mesmo era que eu passasse, deixasse de ser um problema para os meus problemas e vivesse sem pensar que nada vai passar, porque tudo já passou. Sei que esse dia vai chegar. Talvez daqui a um ou dois milhões de anos, o que é muito, mas só de pensar que eles passarão, me dá até vontade de ver eles passarem.

...

O amor é vida. E a vida, é o que? A vida é o sofrer necessário, porque só ama quem sofre, e só vive quem ama.
E o tempo? O tempo é a morte de quem ama, pois o tempo é o nosso agente limitador. O tempo é o nosso rival oculto, nosso falso amigo. O tempo somos nós vendo a vida passar. O tempo pra mim é tudo. A minha vida é ver a vida passar. O meu sofrer é o demorar das horas, dos ponteiros que demoram a rodar. O meu amor é o vazio da minha covardia. Não amo, não sofro e vivo o tempo, perdido nas horas que não passam.