segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

A pseudo-exclusividade da Record



Em todo programa jornalístico da TV Record, de cinco em cinco minutos os jornalistas fazem questão de frisar “com exclusividade”, “com exclusividade”, “com exclusividade”. A própria Record já entrou em situações embaraçosas com a sua "exclusividade". Um exemplo disso foi quando no Domingo Espetacular do dia 08/01, foi mostrada uma entrevista “exclusiva” com os pais da miss Brasil 2010, Débora Lyra, que sofreu um acidente de carro no final do ano. Os repórteres foram na casa dela, viram fotografias antigas, faixas e mais faixas de miss, e no final, ganharam um bilhetinho da miss, que estava internada, agradecendo o apoio, tudo isso com exclusividade. Alguns minutos depois, no Fantástico da TV Globo passava uma matéria sobre o acidente da miss. E não é que estavam lá, os pais da miss, o mesmo apartamento, as mesmas fotografias e faixas, mas com um detalhe adicional: a miss sentada na cadeira de rodas, linda e maravilhosa dando uma entrevista para o repórter. Cadê a exclusividade? Estará ela no bilhetinho rascunhado num pedaço de papel amassado?







sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

A (quase) inatingível perfeição.



                Muitas vezes escutei que o mundo só se tornará melhor quando evoluirmos moralmente. Um dia procurando essa tal evolução moral, fui consultar o Evangelho Segundo o Espiritismo. Abri uma página aleatória, a 220, que deu no capítulo XVII: Sedes Perfeitos. Peguei um bloco de anotações para fazer um resumo das coisas mais importantes e comecei o estudo. “A essência da perfeição é a caridade na sua mais larga acepção, porque ela implica na prática de todas as outras virtudes” foi a primeira coisa que eu anotei, porque ali estava o significado da verdadeira perfeição: a caridade. Foi o que Jesus nos ensinou quando disse “Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, e foi o que eu não tinha aprendido, mesmo depois de decorar milhares de vezes essa frase no catecismo, de repeti-la incontáveis vezes nas missas. Entendi o verdadeiro sentido dessa frase naquele instante: que amar o próximo é ser caridoso com ele. E o que é ser caridoso? Jesus também ensina: “é amar os inimigos, fazer o bem àqueles que nos odeiam, orar por aqueles que nos perseguem”. Mas aí Jesus já estava pedindo demais. Se já é difícil fazer isso tudo com quem a gente gosta, imagina com os nossos inimigos? Definitivamente, seria para sempre um imperfeito.
                Seguindo a leitura, já despontado com a minha triste constatação, encontrei a parte do texto que mais tinha haver comigo, a parte dos maus espíritos que são aqueles que “não rompem facilmente com seus hábitos, se apegam mais aos fenômenos do que a moral que lhes parecem monótona, pedem aos espíritos para iniciá-los, sem se perguntarem se se tornaram dignos de penetrarem nos segredos do Criador”. Era exatamente isso que eu estava fazendo. Tentando entrar no mundo do Criador sem antes saber se sou digno, e sem antes estar disposto a mudar os meus hábitos e defeitos. Já havia desistido antes de começar. Já havia me condenado à imperfeição sem antes saber que caminhar para ela era justamente condenar-se pelo mal que os outros fizerem por você e retribuir com bem.  É ser indulgente para com as fraquezas alheias, para que possam ser indulgentes com suas próprias fraquezas.
                Nos esforçamos tanto quando queremos algo, porque então, não nos esforçamos pelo menos um pouco para mudar o espiritual? Achamos que a perfeição é inatingível, que só Deus é perfeito e que só Ele é digno dela, mas esquecemos que Deus não está no céu, nas igrejas,  nos quadros e imagens. Esquecemos que Deus está dentro de nós, e sendo parte Dele, nós estamos fadados à perfeição, demore o quanto demorar, doa o quanto doer.
                Decidido a mudar meus hábitos e comportamentos, comprei um caderninho e decidi que leria todos os dias o Evangelho e faria um resumo nele. Hoje, um ano depois, abri mesmo caderno e vi que só tinham 3 páginas escritas do meu primeiro e único estudo do evangelho. Era a imperfeição impedindo a minha evolução. Era eu impedindo que um novo eu surgisse. Hoje pretendo fazer um novo estudo mais tarde,  tentar ter uma constância que provavelmente não terei. E assim, a passos lentos vou caminhando para a (quase) inatingível perfeição.
               
                

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

UFC - Violência e pancadaria a serviço de todos.




 Lutador Diego Sanchez



O mundo do entretenimento de massas ganhou um novo aliado de peso. O UFC (Ultimate Fighting Championship) é a nova febre do mundo contemporâneo. Cheio de homens fortões com cara de mal, que são lutadores de MMA (artes marciais mistas), uma espécie de quase-vale-tudo, o UFC promove eventos de selvageria, no qual o objetivo é deixar o adversário no chão (de preferência desacordado).
No começo, não acreditei que tanta gente gostasse desse evento. Ver duas pessoas se matando no ringue pra mim era um absurdo. Mas o absurdo maior ainda, era ver milhares de pessoas gritando e torcendo, chegando ao êxtase quando o adversário caia ensaguentado no chão. Curiosamente, deixei de me escandalizar com isso quando vi a propaganda de um evento de UFC que dizia “ Os Gladiadores do Futuro”. Realmente eles são os gladiadores do futuro, ou do passado talvez. Sua degradação física e psicológica serve de entretenimento para o público e gera muito dinheiro às grandes cabeças por detrás do evento. Não mudamos tanto desde a antiguidade. Ainda hoje, violência é entretenimento, basta procurar no youtube os vídeos de brigas, que tem milhares de acessos e comentários como “bate mesmo” “tinha que ter dado mais soco”, “brigou igual mulherzinha”, ou ir num evento de rinha de galo, briga de rua, etc. E eu, me espantando com uma coisa que é inerente do ser humano, ser violento, gostar da violência e  consumir violência sendo espectador dela. Nós homens que nos julgamos tão evoluídos, somos na verdade apenas animais que usam a razão a serviço do instinto. 
O UFC, que para alguns é esporte pelo uso de várias técnicas de luta para melhor agredir e espancar o oponente, para mim é simplesmente entretenimento, que custa caro aos principais protagonistas, os “gladiadores” que acabam a carreira doentes, humilhados e esquecidos, vangloriando-se dos dias em que foram grandes, e vendo os “grandes” acabarem com suas vidas para o público vibrar com o nocaute no final da luta e esquecer dela no dia seguinte.

Mark Hominick.


Primeiro post



Sempre quis ter um blog, mas a preguiça aliada a falta de tempo me impediram. Rascunhei um, esqueci dele e hoje tornei a lembrar. Com a ajuda da minha amiga Geisiane, que há muito tempo tem um ótimo blog, e tem um gosto 10³³³³³³³ melhor que o meu, dei vida a um projeto antigo pelo qual expressarei minha opinião,  que me dá o entendimento,  que me diferencia dos outros e me torna único. Começo a escrever para todos e para ninguém. Abro a minha opinião para um novo mundo que para muitos já é velho conhecido. Olá internet, com a sua licença a partir de hoje passo expressar Toda minha Opinião.


E pra começar...


Um pouquinho de esporte.

24/01/2011 


Rodada dupla na superliga de volei. Dois jogos que prometiam serem grandes embates entre os melhores times da superliga. 
O primeiro foi. Em um jogaço o Cruzeiro despachou o Sesi por 3 sets a 2 ( 25/22, 22/25, 25/21, 20/25 e 15/12), e o Wallace jogou demais! Fez 32 pontos, 8 deles no tie break. Foi uma grande vitória, levando em conta que o time do Sesi foi campeão da ultima superliga (cruzeiro foi vice), e é um time recheado de craques e estrelas da seleção, dentre eles o Murilo (MVP do mundial 2010), mas o Cruzeiro poderia ter facilitado um pouco, ganhava no segundo set por 21/18, e numa sucessão de erros do Mauricio que errou TODAS as recepções e entregou o set de bandeja para o Sesi. Mas no final o que vale é a vitória , e que vitória!




O segundo jogo também me surpreendeu,  não pelo equilíbrio, o Unilever atropelou o Volei Futuro por 3 a 0 ( 25/14, 25/19 e 25/21), mas pela brilhante atuação de uma atleta que há muito tempo não via jogar bem. Mari fez 17 pontos (10 de ataque, 6 de bloqueio e um de saque), melhorou consideravelmente sua recepção, e ajudou a Venturini, que também fez uma grande partida. Pior para Fernanda Garay, Paula Pequeno e Waleswka, que levaram uns bons tocos da Mari no jogo. Eu, que não torço para o Unilever, fiquei particularmente feliz pela vitória, pois a Mari foi umas das atletas que me fizeram amar o volei. Lembro como se fosse ontem daquela garota que arrebentou nas olimpíadas de Atenas, mas que infelizmente ficou marcada pela derrota na semifinal. Sábado, Mari tem outro grande desafio, contra o Sollys Osasco às 10 da manhã. Tomara que repita a grande atuação da terça e se firme como a grande craque que sabemos que ela é. Vamos lá Mari!