Por vários anos, tida como a seleção imbatível, Cuba, tricampeã
olímpica, tricampeã mundial, que produziu os maiores nomes do vôlei feminino
mundial, não vai jogar as Olimpíadas de Londres. O que parecia inimaginável
alguns anos atrás se concretizou sábado, no pré-olímpico da NORCECA, quando por
3X1 (25/18, 25/23, 27/29, 25/20), foi derrotada pela Republica Dominicana, dirigida
pelo técnico brasileiro Marcos Kwiek. A
seleção teria mais uma chance no pré-olímpico mundial que acontecerá no Japão.
Mas pela falta de recursos para levar o time para o Japão, Cuba abriu mão da
vaga para Porto Rico.
A notícia, que teve grande impacto
no mundo do vôlei, chocou. Nem adianta colocar a culpa no sistema socialista ‘falido’
de Cuba. Devemos problematizar a situação. Se Cuba não fosse socialista podemos
afirmar categoricamente que o melhor time de voleibol feminino de todos os
tempos não existiria. E afinal de contas, o problema nem está no regime em si,
mas no embargo econômico imposto pelos EUA desde chegada de Fidel ao poder.
Mireya Luis |
Ícone do vôlei, e tida por muitos
a melhor jogadora de todos os tempos, Mireya Luis, fez um apelo emocionado à FIVB
e a NORCECA. O time de precisaria de cerca de 100 mil dólares para ir ao Japão.
Diante do apelo, a FIVB se reunirá na
terça para tomar uma decisão em relação o assunto. Torcemos para que a FIVB
tome a decisão mais sensata, a de dar a Cuba a chance de disputar uma vaga na Olimpíada,
pois ela deve muito à seleção que ajudou a popularizar o voleibol no mundo e
fez dele um espetáculo jamais visto. Não é uma questão de mérito, já que a
seleção está classificada para o pré-olimpico mundial, mas puramente financeira,
que pode ser resolvida. Afinal, a FIVB ganhou muito dinheiro com o talento de
jogadoras cubanas como a Mireya, que hoje vivem o pesadelo de verem seu time
fora da Olimpíada.
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